19/03/2015

Eu e o Dia do Pai



Não posso evitar ficar triste neste dia... Faço uma retrospectiva e tenho muito poucas boas recordações do meu pai... Por isso nos post que faço alusivos a este dia escrevo quase sempre para os pai que merecem. Dar um cromossoma é pouco ou nada, nem sei se me deveria expor tanto no blog mas a verdade é que tive sempre um pai ausente, despreocupado, um pai minúsculo... Os meus pais divorciaram-se quando eu tinha cerca de 12 anos e há muitas coisas que ainda não consegui ultrapassar, nem tanto em relação ao divórcio mas em relação a todos os factores inerentes à situação da minha familia. Era uma criança que cresceu muito depressa, com pouco carinho, pouco cuidada... Infelizmente nada melhorou e quando estava na universidade quebrei definiitivamente qualquer laço que me ligava ao meu pai.... Há pouco mais de um ano, quase 10 anos depois, e graças às redes sociais nos reencontramos, mas nada voltaria a ser como antes. O tempo não volta atrás e parecia estar a falar com um estranho. Encontramo-nos apenas mais uma vez.

Por isso com 31 anos, sinto saudades do pai que nunca tive. Sinto "inveja" das manifestações de amor que se vêm nas redes sociais entre pais e filhos, sinto saudades do que nunca tive, do que nunca vou ter, das oportunidades que o tempo levou... E sou assim, simplesmente eu, uma flor de lótus sempre em busca do sol.

É por estas e por outras que não divulgo o meu blog a quase ninguém que conheço, e porque raramente publico fotos minhas, prezo o meu direito a escrever tudo o que entender no meu refúgio, do tema mais fútil ao tema mais sério, sem este anonimato, por assim dizer, o blog perderia toda a sua espontaneidade e sinceridade... 

Publiquei este post pois tal como eu poderão existir outras pessoas que sintam algo parecido ao que eu sinto neste e em tantos outros dias.
Beijo

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