Para aqueles fantasmas que passaram,
Vagabundos a quem jurei amar,
Nunca os meus braços lânguidos traçaram
O voo dum gesto para os alcançar...
Se as minhas mãos em garra se cravaram
Sobre um amor em sangue a palpitar...
Quantas panteras barbáras mataram
Só pelo raro gosto de matar!
Minha alma é como pedra funerária
Erguida na montanha solitária
Interrogando a vibração dos céus!
O amor dum homem? Terra tão pisada,
Gota de chuva ao vento baloiçada...
Um homem? Quando eu sonho o amor
De um Deus!...
Florbela Espanca
Charneca em Flor
3 comentários:
Gostei muito do seu blog...as fotos ... a poesia...também tenho um blog legal...acessa meu blog vc. vai gostar, tem muita poesia...apesar de não lhe conhecer um abraço...
//carlosgossel.blogspot.com
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Aprendi muito
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