A cada momento...
Já almejei o céu, o sol e simultaneamente a lua, porém o tempo ensinou-me a desejar o ínfimo, e ainda assim viver ou ir morrendo. Pois, o tempo não é mais que um contínuo de morte.
A cada momento mil lágrimas...
Já tive a lua, desejei o eclipse, já tive o céu, cobicei o oceano. Já quis ser livre, acorrentaram-me, quis ser cativa, libertaram-me...
A cada momento mil lágrimas derramo...
Que tenho eu afinal, que sou eu? Um ser vivo, que alguém lembrou-se de castigar, dando o poder de pensar, de sonhar... Tristes de nós, por sermos racionais.
A cada momento mil lágrimas derramo, não as enxugues...
Sinto que o mundo está prestes a colapsar, e eu nada fiz na minha vida. Lembro-me do que fui e do que sou, vejo que permaneço igual a mim própria.
A cada momento mil lágrimas derramo, não as enxugues são de pedra...
Endurecida por uns, amolecida por outros... Num quarto de século, caminhei placidamente, quanto tempo vivi afinal? Quanto mais tempo?... todo o tempo do mundo... Que Eufemismo...
A cada momento mil lágrimas derramo, não as enxugues são de pedra, não as sinto.
1 comentário:
Gostava de ser aquele que almejas,...não o que te provoca mágoas e que faz rolar essas lágrimas... muito caminhámos até aqui chegarmos...muito nos falta percorrer...apenas o teu sorriso me alimenta, as tuas lágrimas são também minhas, qual gémeo de emoções e de sentimentos... amo-te... e tantas vezes esqueço quão frágil é uma flor de lótus...
Sonho com a nossa liberdade, livres das amarras que construimos no nosso amargo passado que agora, teima em nos perseguir...
Quero-te, preciso de ti... quero gritar de peito cheio que o meu amor é puro e verdadeiro... Desculpa se te fiz chorar...não queria... pode não parecer, mas sou mais frágil do que pareço... aprendi a viver e sobreviver do teu amor, como a água e o pão que me alimenta... sem isso definhava e morria... é por ti que vale a pena acordar todos os dias, és e sempre serás o meu primeiro e último pensamento... a minha flor de lótus...
PKN
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