02/01/2008

Querida amiga....

Que sentimento tão lúgubre o teu, minha amiga.
Nas tuas vestes cor de púrpura, oculta nas sombras, tal como a morte, aguardas ansiosamente por mim... Não desesperes porque, na realidade, bem longe do mundo dos sonhos, volto sempre para ti, mesmo que seja contra a minha vontade.
Onde estou? Não consigo distinguir nada, nem o mais ínfimo raio de luz… Que labirinto escuro e húmido, tal como os meus olhos enevoados e orvalhados, quando a realidade magoa...
És tu que vens ao meu encontro, ou será ao contrário? Quando te dei o meu ser, que não me recordo? Em que momento de insanidade, pronunciei-te sim? Agora apenas reclamas o que dizes ser teu…
E fico com a nítida sensação, de que cada vez, mais muros erguem-se no labirinto, que sou EU…


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