23/02/2007

Finitude

"Como se a finitude fosse eterna, sabendo-se que não o é."
Fátima Andersen
Porque tentamos tanto fazer com que as coisas pareçam eternas? Tudo nesta vida é finito, tudo mesmo! E a única coisa da qual podemos ter certeza é a nossa morte e das pessoas que nos rodeiam… A vida é tão efémera, para quê complicar?A felicidade é o auge, o objectivo major da nossa vida, a insegurança e o medo os nossos piores inimigos… É certo que quase toda, senão todas as pessoas têm medo do que possa acontecer no futuro… Medo de ficar sem trabalho, medo de não conseguir ser feliz, medo de perder as pessoas de quem gostam!
E por vezes têm um sentimento de insegurança tão forte, que passa a dúvidas, questões que vão se alimentando da própria pessoa, que vai enfraquecendo, vai se perdendo e acaba sem saber o que a levou a tal dilema…
Para quê fazer promessas vãs? Para quê? Nada se consegue sem uma luta diária, sem um compromisso diário…
A felicidade, o amor erguem-se a cada dia que passa, vão se consolidando, se afirmando cada vez mais… Não os podemos considerar como um dado obtido e ponto final, deixa andar, isso nunca!E quando as dúvidas aparecem, as questões, a confusão… “Vai passar com certeza… Acho eu… Como será o nosso futuro? Eu gosto de ti no presente, mas no futuro não sei… Agora estou feliz mas e no futuro estarei? Será que vai resultar? Vamos ser felizes é que somos diferentes?”
E a outra pessoa que está neste contexto como se sentirá? Como se sentirá??Será que o amor algum dia começou?
E tudo corre um grande, senão abominável risco de se perder… E perde-se por medo do futuro… Por MEDO do que não se pode adivinhar!!!
Um dia escrevi num artigo, o “Deixar de querer desistir” e continuo a pensar assim, não se felizmente ou infelizmente: “…e assim me irei entregar novamente de corpo e alma, porque é assim que o amor tem k ser. Não se contenta com metades, ou tudo ou nada!”
Nem se contenta com dúvidas, só com certezas, certeza de lutar, de ultrapassar os obstáculos, de viver plenamente, de viver com amor!

“Sejamos realistas não existe perfeição, só nos romances e nas histórias de crianças com o famoso: “E viveram felizes para todo o sempre!” A vida em conjunto e o próprio amor é uma luta incessante, com dias nublados e com dias de sol e o sempre é muito subjectivo.”
Cláudia Correia

09/12/06

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